quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

SIMPLESMENTE DENZEL WASHINGTON

Assisti ao bom filme O Voo, em cartaz no circuito de cinemas nacional, estrelado por Denzel Washington.
O filme conta a história de um piloto de aeronaves, papel interpetrado por Denzel, o qual se depara com uma grave falha mecânica em voo, e precisa realizar uma manobra arrojada e insólita para salvar ou ao menos minimizar uma queda fatal iminente. O grande problema é que o protagonista estava ébrio quando do momento do acontecimento e em uma fração de segundos pode passar de herói à vilão. Na sequência, nos deparamos com um grande drama pessoal do protagonista, assolado em profunda depressão e entregue aos prazeres insidiosos e efêmeros das drogas e do álcool.
A trama assume contornos épicos em seu prólogo, dando indicativos de que seria um filme grandioso. No entanto, a história perde fôlego em sua metade e como um boxeador trôpego que acumula forças inesperadas no final de uma luta, o filme surpreende em seu final e faz valer o ingresso pago na bilheteria.
Um filme intimista, que pouco preso é verdade, mas que cativa o espectador com um drama pessoal bastante contundente e complexo. A atuação de Denzel é grandiosa, e mais uma vez, Denzel Washington provou porque é simplesmente Denzel Washington.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

DELÍRIO DELIRANTE

A Arena Porto-Alegrense é uma maravilha da modernidade, estádio amplo, confortável,um moderno complexo multiuso padrão FIFA. Todavia, detrás de um dos gols existe um espaço projetado para as pessoas torcerem de pé e que comporta um espaço popular, com ingressos sendo vendidos em custo menor. Contudo, a desastrada avalanche não chega a ser surpresa, pois a barra de sustenção dos torcedores projetada para o local foi mal concebida e engendrada. O erro está na concepção de um estádio padrão europeu mas que comporta torcedores latinos, e com perfil castelhanizado. O Grêmio tornou-se refém de empreiteira baiana OAS e dos órgãos fiscalizadores que compõem o Poder Público. A suposta exigência da colocação de cadeiras no setor gera flagrante quebra de isonomia, ferindo assim o Estatuto do Torcedor e demais legislações pertinentes. Com a imposição da colocação de cadeiras na integralidade nos estádios teríamos de paralizar o campeonato gaúcho, pois os nossos estádios não comportam cadeiras em sua plenitude. Ou a regra tão somente é válida para novos estádios? Isso seria uma demasia e um exagero sem precedentes, além de ser uma medida manifestamente ilegal, pois não existe nenhum regramento de âmbito nacional que faça esse tipo de exigência. Estamos nos deparando com atitudes que beiram ao stalinisno e nazismo por parte do Governo do Estado do RS, através de seu líder(Tarso Genro), do Secretário de SSP(Airton Michels) e do comandante da BM(coronel Alfeu). Agravada a situação pelos erros atrozes cometidos no caso Santa Maria, o espaço para discussões afunilou-se e impera o autoritarismo. Não existe nenhum risco à incolumidade das pessoas no ato de torcer em pé, no Olímpíco a avalanche é realizada há mais de 10 anos, não sendo registrado nenhum caso de maior gravidade. A colocação das chamadas barras antiesmagamento, largamente utilizadas nos estádios sul-americanos, é a solução lógica mais coerente, pois impediria o movimento de avalanche, mantendo a festa, irreverência, jeito de torcer do povo gremista. Não podemos cair no erro da elitização do futebol, até porque vamos nos deparar com o seguinte cenário: estádio vazio e portanto menos auferição de lucros. A renda per capita gaúcha não permite estádios abarrotados intermitentemente sob os preços observados atualmente. Portanto, segurança sim, cadeiras não. Endosso os argumentos utilizados pela Torcida Geral do Grêmio, torcida esta que figura entre as 10 mais criativas do mundo, e clamo pela preponderância do bom-senso.