segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

CBF emascula o futebol brasileiro

O principal campeonato de futebol do Brasil terminou no início de dezembro. Mais uma vez, o torneio atrelado a uma fórmula broxante e sem graça, terminou de forma melancólica. A derradeira rodada, da qual esperava-se muita emoção, mostrou àquilo que a CBF tem conseguido com primazia nos últimos anos: emascular, mitigar, diminuir, apequenar o futebol brasileiro. Os clássicos regionais, transferidos para a rodada final, mostraram equipes atuando sem nenhum interesse na competição, torcidas desmotivadas mesmo tendo o tradicional rival como oponente. O que se viu foram equipes disputando clássicos em ritmo de férias. É inconcebível um campeonato que não possua uma final, com duas equipes jogando à vida ou à morte. Até quando o Sr Ricardo Teixeira e seus cartolas continuarão defendendo os interesses dos clubes do eixo Rio-SP, estes detentores de maior potencial econômico, em detrimento de eixos menos aquinhoados, mas não menos tradicionais e vencedores? Hoje, a turma do André Sanches manda e desmanda no futebol brasileiro, inclusive promovendo a construção de um estádio (Itaquerão) com o uso de recursos públicos, inclusive sabendo-se da participação do ex-presidente Lula.
O predomínio do eixo Rio-SP tende a aumentar daqui pra frente, esta é a lógica natural das coisas. Ao promover o desmantelamento do clube dos 13, antigamente sob a batuta de Fábio Koff, o eixo comandado por Sanches consegue fazer prevalecer seus escusos interesses, relacionados à construção de estádios superfaturados para a Copa do Mundo de 2014 e ,evidentemente, de uma parceria com a Rede Globo, a qual injeta valores megalomaníacos sobretudo em Corinthians e Flamengo. Os valores recebidos como cota de Televisão aumentaram para todos, mas proporcionalmente criam um abismo de valores incontornável para os clubes de fora do eixo. O futebol brasileiro cresce sob corrupção, sob fórmulas criadas para favorecer certos clubes e sob mera politicagem.
Mas não bastava isso, anuncia-se uma Copa do Brasil 2013, com 80 equipes, sendo disputada concomitantemente ao Campeonato Brasileiro e à Copa Sul-Americana, o que irá provocar o esvaziamento da segunda maior competição continental. Há muita coisa errada no futebol brasileiro, mas tenho absoluta convicção de que não conseguirão nos calar, anseio pelo retorno do Grêmio da década de 90, forte, aguerrido e bravo, um exército de ferro que patrolava seus adversários, para desespero daqueles que comandam o futebol tupiniquim. Pelo retorno do Grêmio uruguaio e castelhano.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ice Man procura clube


   26 de novembro de 2005, data antológica e inesquecível para todos os gremistas. O mundo parou por alguns segundos quando Ademar, atleta do Náutico,executou a cobrança da penalidade e o goleiro gremista Gallato realizou a defesa com as pernas. O Ice Man Galatto ,naquele momento, sequer vibrou, retrato de um jogador frio, introspectivo e que não externaliza integralmente suas emoções. Uma defesa memorável, brilhante, indescritível. Relembrar aquele dia deixa-nos com os olhos marejados de emoção.
   Pois hoje, Galatto está sem clube. Após sua saída do tricolor no ano de 2007, o arqueiro teve passagem exultante pelo Atlético-Paranaense, até ser vendido ao futebol espanhol em 2009. Rodou ainda por mercados menos expressivos, como o futebol búlgaro. Galatto treina nas dependências do Estádio Olímpico diariamente, faz suas sessões de musculação intercaladas com o treino aeróbio, após obter prontamente a autorização do presidente Paulo Odone e do diretor-executivo remunerado Paulo Pelaipe, os mesmos que o comandaram em sua passagem pelo Grêmio.
   Galatto, 28 anos, sonha em voltar a vestir o manto das três cores, e relembra, à época de sua saída,das palavras do então vice de Finanças do clube, Túlio Macedo: ” Isso não é um adeus, é um até breve. Você vai voltar guri”.
   Acredito no respeito e no reconhecimento aos grandes jogadores e figuras legendárias do presente e do passado. Galatto não é craque, é goleiro mediano, foi alçado ao Olimpo da bola ao defender aquela penalidade. Danrlei não era craque, mas tinha estrela, era sanguíneo e fechava o gol em clássicos Gre-nais, saiu do Olímpico mumificado de tantas faixas que levantou. Victor, técnicamente o melhor goleiro dos últimos tempos, não tem estrela, é uma figura fadada ao fracasso. Talvez o Grêmio precisasse de um Galatto para iniciar seu projeto 2012 e retomar a trilha das grandes conquistas, pois estrela é o que não falta ao guarda redes.

O retorno de Caio Jr.



   Celso Juarez Roth, ou simplesmente Roth, está fechando mais um ciclo dentro do Estádio Olímpico. No momento de sua chegada, após a malfadada contratação de Julinho Camargo, eu considerava Roth o melhor nome para assumir um time em crise técnica, coletiva e psíquica. E Celso ,num primeiro momento, fez um bom trabalho, livrou o Grêmio do fantasma da degola e ainda protagonizou partidas de alta qualidade, como nas vitórias sobre São Paulo, Flamengo e Internacional. Todavia, erros em sucessão e alguma teimosia minaram a continuidade do trabalho. A insistência em atletas como Adilson (este jogando como terceiro homem de meio-campo),e no interminável Rafael Marques são exemplos de erros recorrentes do treinador.
   O maior erro de Celso em sua reta final, foi a incapacidade de mobilização do grupo de jogadores. Infelizmente, a equipe jogou a toalha cedo demais na competição. Vimos um Grêmio desmotivado e apático nas últimas rodadas do certame nacional, e isso foi crucial para alijar a equipe de uma vaga à próxima Libertadores da América.
   Caio Jr deve ser o próximo treinador do tricolor dos gaúchos. Particularmente, sempre achei Caio um bom treinador e defendo totalmente sua contratação iminente. É treinador inteligente, metódico, um estudioso do meio e que pertence a nova geração de técnicos que estão surgindo no já saturado mercado brasileiro. Já passou por Palmeiras, Flamengo e Botafogo, sempre pontuando sua carreira por boas campanhas aonde passou. Caio está retornando ao Olímpico após passagem vitoriosa na década de 80 como atleta do clube, portanto já conhece o clube e muito bem.


Eis o currículo do técnico:


Nome/Name: Luiz Carlos Saroli


Data de Nascimento/Birth Date: 08/03/1965


Nacionalidade/Nationality:Brasileira


Cidade de Nascimento/City of Born: Cascavel/PR


Graduação: Certificado pela Associação Brasileira de Treinadores de Futebol (ABTF)


Carreira/Career:


2011 Técnico Botafogo-RJ


2009/10/11 Técnico do Al Gharafa


Destaque: Eleito melhor técnico do Qatar pelo Comitê Olimpico


Campeão da Liga do Qatar


Campeão da Stars Cup do Qatar


Campeão da Copa do Sheik Tamim


2009 Técnico do Vissel Kobe


Competição: J League


2008 Técnico do Flamengo


Competição: Campeonato Brasileiro


2008 Técnico do Goiás


Competição: Campeonato Goiano e Copa do Brasil


Destaque: Vice-campeão Goiano


2007 – Técnico do Palmeiras


Competição: Campeonato Paulista, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro


Destaque: Convocado como técnico da Seleção Paulista.


Troféu Fairplay do Campeonato Paulista


Eleito como um dos três melhores treinadores do Brasileiro pela CBF


2006 – Técnico do Paraná Clube


Competição: Campeonato Brasileiro.


Destaque: Classificação à Taça Libertadores da América


2005 – Técnico do Gama –DF


Competição: Série B do Campeonato Brasileiro


2005 – Técnico do Cianorte


Competição: Copa do Brasil, Campeonato Paranaense.


2004 – Técnico do Juventude


Competição: Copa Rio Grande do Sul


2004 Técnico do Londrina


Competição: Série B do Campeonato Brasileiro.


2004 Técnico do Cianorte – PR


Competição: Campeonato Paranaense.


Destaque: Terceiro Lugar no Paranaense


Campeão do Interior


Vaga inédita na Copa do Brasil e Série C do Brasileiro


2002/03 Técnico do Paraná Clube


Competição: Campeonato Brasileiro e Campeonato Paranaense


Destaque: Livrou o Paraná do rebaixamento nas ultimas dez rodadas.

Transformer – O Lado Oculto da Lua (Dark of the Moon) 2011



  Neste meu primeiro post farei uma resenha acerca do filme Transformer – O Lado Oculto da Lua. Primeiramente, resta esclarecer e resta óbvio, não tratar-se de um filme cult ou de algum estofo cultural, muito pelo contrário. Contudo, a despeito da recepção pouca calorosa do grande público e de forte avaliação negativa de grande parte da imprensa mundial, considero o filme competente, o qual executa senão com maestria mas com muita perícia aquilo no qual ele se propõe, ou seja um blockbuster divertido, estéticamente rico, dotado de efeitos especiais fabulosos.
  Particularmente, encarei a possibilidade de assistir a este filme com alguma relutância, pois acreditava tratar-se de mais uma obra massificada produzida por Hollywood, daquelas que merecem ir direto para o incinerador de lixo. Contudo, o terceiro filme da franquia de autoria de Michael Bay surpreendeu-me positivamente.
  Primeiramente, o filme faz uma boa simbiose entre ficção e elementos históricos reais, tais como a inserção na trama da Operação Apolo 11, fazendo uso inclusive de imagens reais captadas na época, além de elementos da Guerra Fria e até mesmo utilizando a imagem do atual presidente norte-americano Barack Obama.
  A obra inicia-se de forma frenética e nos leva ao palco de uma das maiores hecatombes mundiais: nada mais nada menos do que a antiga usina nuclear ucraniana de Chernobyl. A cena nos apresenta um personagem dotado de grande perfídia  e que nos remete a alguns personagens do filme Jurassick Park do legendário Spielberg. Vejam a cena do ataque à limusine branca e me digam se estou mentindo.
Apesar de ser um filme primordialmente de ação, são as cenas de humor e romance que cativam o espectador. O excelente Shia LaBeouf de carreira ascendente, protagoniza cenas bastante engraçadas, sobretudo após salvar o mundo nos filmes anteriores, agora mendiga por emprego e dirige um carro sucateado pelas ruas de Chicago. A ausência da bela Megan Fox ( a qual entrou em atrito com os produtores) nem mesmo é sentida, já que a deslumbrante Rosie Huntington-Whiteley, modelo britânica da Victoria´s Secret faz qualquer marmanjo suspirar ao ve-la literalmente desfilar em um justíssimo vestido branco e salto agulha  nas telonas.
  O longa perde fôlego em sua metade-final, caindo em clichês comumente utilizados e exaspera o espectador em uma batalha confusa e cansativa, expondo erros de roteiro, sem dúvida as cenas de batalha deveriam ser mais curtas. 
  Todavia, Transformers se recupera no final, aonde a excelente trilha sonora , a qual permeia toda a produção, aparece com muita força, conferindo ares de epicidade a história. Os prédios ruindo e literalmente se despedaçando trazem uma experiência visual forte e de impacto, sem dúvida a maior experiência visual do genêro desde Avatar. Observe, é incrível como todas as cenas de ação transcorrem e a atriz principal continua trajando seus pares de salto-alto(hehehe).
  Em síntese, um filme leve, divertido, que traz excelentes cenas tridimensionais de ação, mas que peca um pouco por seu roteiro um pouco confuso. Na média, um bom filme e que recomendo bastante.

Minha nota: 7,5/Nota do IMDB: 6,4.