26 de novembro de 2005, data antológica e inesquecível para todos os gremistas. O mundo parou por alguns segundos quando Ademar, atleta do Náutico,executou a cobrança da penalidade e o goleiro gremista Gallato realizou a defesa com as pernas. O Ice Man Galatto ,naquele momento, sequer vibrou, retrato de um jogador frio, introspectivo e que não externaliza integralmente suas emoções. Uma defesa memorável, brilhante, indescritível. Relembrar aquele dia deixa-nos com os olhos marejados de emoção.
Pois hoje, Galatto está sem clube. Após sua saída do tricolor no ano de 2007, o arqueiro teve passagem exultante pelo Atlético-Paranaense, até ser vendido ao futebol espanhol em 2009. Rodou ainda por mercados menos expressivos, como o futebol búlgaro. Galatto treina nas dependências do Estádio Olímpico diariamente, faz suas sessões de musculação intercaladas com o treino aeróbio, após obter prontamente a autorização do presidente Paulo Odone e do diretor-executivo remunerado Paulo Pelaipe, os mesmos que o comandaram em sua passagem pelo Grêmio.
Galatto, 28 anos, sonha em voltar a vestir o manto das três cores, e relembra, à época de sua saída,das palavras do então vice de Finanças do clube, Túlio Macedo: ” Isso não é um adeus, é um até breve. Você vai voltar guri”.
Acredito no respeito e no reconhecimento aos grandes jogadores e figuras legendárias do presente e do passado. Galatto não é craque, é goleiro mediano, foi alçado ao Olimpo da bola ao defender aquela penalidade. Danrlei não era craque, mas tinha estrela, era sanguíneo e fechava o gol em clássicos Gre-nais, saiu do Olímpico mumificado de tantas faixas que levantou. Victor, técnicamente o melhor goleiro dos últimos tempos, não tem estrela, é uma figura fadada ao fracasso. Talvez o Grêmio precisasse de um Galatto para iniciar seu projeto 2012 e retomar a trilha das grandes conquistas, pois estrela é o que não falta ao guarda redes.
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